Com a sanção da lei que criou a Universidade Federal do Sul e Sudeste
do Pará (Unifesspa), pela presidenta Dilma Rousseff, ontem, o Estado
passará a contar com a quarta instituição de ensino superior pública
federal. A nova universidade surge a partir do desmembramento do campus
de Marabá, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e a criação dos campi
de Rondon do Pará, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Xinguara.
Ao todo, deverá ofertar 12.830 vagas em 47 cursos de graduação – todos
voltados para o desenvolvimento da região. A regulamentação era
esperada desde outubro do ano passado. As expectativas são de que a
universidade comece a funcionar no prazo de cinco anos. Além da
Unifesspa também foram criadas as universidades federais do Cariri
(UFCA), do Oeste da Bahia (Ufob) e do Sul da Bahia (Ufesba).
A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto e contou com a
presença do governador do Estado do Pará, Simão Jatene, senadores,
prefeitos dos municípios que irão receber os campi da Unifesspa e também
dos ministros da Educação Aloizio Mercadante, e da Defesa, Celso Amorim.
Em seu discurso, Dilma destacou que o número de cidades que sediam
universidades federais aumentou de 114 para 275, nos últimos onze anos,
graças ao processo de interiorização das instituições, inclusive as de
ensino tecnológico. “As regiões Norte e Nordeste são as que precisam de
um olhar diferenciado”, frisou.
Os cursos que serão oferecidos ainda não foram divulgados, porém
Dilma destacou que os das áreas de engenharia terão prioridade. A
princípio, a universidade deverá abrir 506 novas vagas de trabalho para
professores, mestres e doutores – além de outros profissionais.
Para Jatene, a Unifesspa deverá ser um importante instrumento para a formação e difusão de conhecimento que irão ser
utilizados para reduzir a pobreza e desigualdade social que existe no
Pará.
O projeto inicial da Unifesspa previa a implantação de um
campus em Parauapebas, mas isto foi retirado do plano quando o documento
foi encaminhado para o Congresso Nacional, em agosto de 2011.
A criação destas universidades é uma das etapas do Programa de
Apoio ao Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais
Brasileiras (Reuni), pelo qual o governo federal tem adotado uma série de medidas que objetivam retomar o crescimento do ensino superior público.
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a ideia é implantar
as novas universidades em regiões que apresentem um déficit na área do
ensino superior. “Nós estamos iniciando um processo muito importante
para o ensino brasileiro. Agora, com a criação dessas quatro
instituições, estamos chegando a 63 universidades no Brasil” disse.
Atualmente, o Brasil tem 59 universidades federais, com 321 campi
distribuídos em 275 municípios de todas as regiões do país.
Fonte: Diário do Pará
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