A 17ª
edição da Feira Pan-Amazônica do Livro, que acontece de 26 de
abril a 5 de maio, em Belém,
faz homenagem ao escritor paraense Ruy Barata. Com o slogan “Um
país que se chama Pará”, a ideia é exaltar o Estado.
A
programação do evento já está quase completa. A expectativa da
Secretaria de Estado de Cultura (Secult), organizadora do evento, é
que este ano a Feira receba mais de 400 mil visitantes e reúna mais
de 220 estandes, com a participação de cerca de 500 editoras. No
ano passado, a Pan-Amazônica movimentou R$ 14,2 milhões em
negócios, com um total de 793 mil livros vendidos.
Andressa
Malcher acrescentou que, no entanto, os Salões do Livro, que
acontecem no interior do Estado, terão suas programações mantidas
no segundo semestre. “Este ano teremos três edições, que
acontecerão nos municípios de Tucuruí, Paragominas e Santarém”,
informou a coordenadora
A
abertura, que acontece no dia 26 de abril, terá show com artistas
locais, e o encerramento, no dia 5 de maio, a apresentação do
cantor e músico Toquinho e banda, que fará uma homenagem Vinícius
de Moraes, cujo centenário é comemorado este ano.
Ruy
Guilherme Paranatinga Barata nasceu em Santarém, 25 de junho de 1920
foi um poeta, político, advogado, professor e compositor brasileiro
– e paraense.
Filho único de Maria José (Dona Noca) Paranatinga Barata e do advogado Alarico de Barros Barata. Recebeu o nome Rui em virtude da admiração paterna por Rui Barbosa.
O indígena Paranatinga vem do lado materno, que significa rio (paraná) branco (tinga).
Foi alfabetizado pelo pai. Aos dez anos vem para Belém para continuar os estudos.
Primeiro, no internato do Colégio Moderno; depois, no Colégio Nossa Senhora de Nazaré, dirigido pelos Irmãos Marista e em 1938, entrou para a Faculdade de Direito do Pará.
Em meio aos estudos jurídicos sente aumentar a paixão pela poesia tanto que em 1943, publicou seu primeiro livro de poemas Anjo dos Abismos, pela José Olympio Editora, com o decisivo apoio do romancista paraense Dalcídio Jurandir.
Nessa época, o pai de Ruy, Alarico Barata, exercia forte liderança política na região do baixo amazonas contra a violência do chamado Baratismo, liderado pelo caudilho Joaquim Magalhães de Cardoso Barata.
Em decorrência dessa luta contra o autoritarismo de Magalhães Barata, Rui Guilherme Paranatinga Barata entra na política partidária e, aos 26 anos, em 1946, é eleito deputado para a Assembléia Constituinte do Pará, pelo Partido Social Progressista (PSP). Foi reeleito, foi deputado federal e militante do Partido Comunista Brasileiro, o Partidão. Em 1964, com o golpe militar, foi preso, demitido de seu cartório (então 4º Ofício do Cível e Comércio da Comarca de Belém) e aposentado compulsoriamente do cargo de professor da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Pará, com menos de 10% de seus proventos.
Nessa época, provavelmente, dá início à construção de O Nativo de Câncer, poema inacabado com força épica a contar a história de uma cultura em face da invasão de culturas estranhas, um impressionante inventário das coisas e do homem amazônico, incluindo aí o inventário do próprio poeta, um nativo de câncer.
A partir de 1967, Ruy Barata, que tinha, desde a juventude, uma estreita ligação com a música, passa a compor em parceria com seu filho, o então jovem músico e instrumentista Paulo André Barata. Ruy mostra-se um exímio letrista para as melodias do filho. Compõem dezenas de músicas, de cunho rural e urbano, que se tornaram sucessos nacionais e internacionais.
Em 1978, lança mais um capítulo do estudo sobre a Cabanagem, a revolução paraense de 1835, cuja publicação iniciara no ano anterior pela revista do Instituto Professor Sousa Marques (Rio de Janeiro): O Cacau de Sua Majestade, O Arroz do Marquês, A Subversão do Cacau e do Algodão, A Economia Paraense às Vésperas da Tormenta.
Ruy Barata morreu em 23 de abril de 1990, durante uma cirurgia, em São Paulo, para onde viajara a fim de coletar dados sobre a passagem de Mário de Andrade pela Amazônia.
Sua estátua está nos jardins do Parque da Residência, antiga Casa dos Governadores do Pará. Empresta seu nome a uma avenida, ainda em construção, que vai margear as águas da baía do Guajará em Belém e tem sua imagem em mais alguns pontos turisticos da capital paraense como por exemplo o Ver-O-Rio.
Filho único de Maria José (Dona Noca) Paranatinga Barata e do advogado Alarico de Barros Barata. Recebeu o nome Rui em virtude da admiração paterna por Rui Barbosa.
O indígena Paranatinga vem do lado materno, que significa rio (paraná) branco (tinga).
Foi alfabetizado pelo pai. Aos dez anos vem para Belém para continuar os estudos.
Primeiro, no internato do Colégio Moderno; depois, no Colégio Nossa Senhora de Nazaré, dirigido pelos Irmãos Marista e em 1938, entrou para a Faculdade de Direito do Pará.
Em meio aos estudos jurídicos sente aumentar a paixão pela poesia tanto que em 1943, publicou seu primeiro livro de poemas Anjo dos Abismos, pela José Olympio Editora, com o decisivo apoio do romancista paraense Dalcídio Jurandir.
Nessa época, o pai de Ruy, Alarico Barata, exercia forte liderança política na região do baixo amazonas contra a violência do chamado Baratismo, liderado pelo caudilho Joaquim Magalhães de Cardoso Barata.
Em decorrência dessa luta contra o autoritarismo de Magalhães Barata, Rui Guilherme Paranatinga Barata entra na política partidária e, aos 26 anos, em 1946, é eleito deputado para a Assembléia Constituinte do Pará, pelo Partido Social Progressista (PSP). Foi reeleito, foi deputado federal e militante do Partido Comunista Brasileiro, o Partidão. Em 1964, com o golpe militar, foi preso, demitido de seu cartório (então 4º Ofício do Cível e Comércio da Comarca de Belém) e aposentado compulsoriamente do cargo de professor da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Pará, com menos de 10% de seus proventos.
Nessa época, provavelmente, dá início à construção de O Nativo de Câncer, poema inacabado com força épica a contar a história de uma cultura em face da invasão de culturas estranhas, um impressionante inventário das coisas e do homem amazônico, incluindo aí o inventário do próprio poeta, um nativo de câncer.
A partir de 1967, Ruy Barata, que tinha, desde a juventude, uma estreita ligação com a música, passa a compor em parceria com seu filho, o então jovem músico e instrumentista Paulo André Barata. Ruy mostra-se um exímio letrista para as melodias do filho. Compõem dezenas de músicas, de cunho rural e urbano, que se tornaram sucessos nacionais e internacionais.
Em 1978, lança mais um capítulo do estudo sobre a Cabanagem, a revolução paraense de 1835, cuja publicação iniciara no ano anterior pela revista do Instituto Professor Sousa Marques (Rio de Janeiro): O Cacau de Sua Majestade, O Arroz do Marquês, A Subversão do Cacau e do Algodão, A Economia Paraense às Vésperas da Tormenta.
Ruy Barata morreu em 23 de abril de 1990, durante uma cirurgia, em São Paulo, para onde viajara a fim de coletar dados sobre a passagem de Mário de Andrade pela Amazônia.
Sua estátua está nos jardins do Parque da Residência, antiga Casa dos Governadores do Pará. Empresta seu nome a uma avenida, ainda em construção, que vai margear as águas da baía do Guajará em Belém e tem sua imagem em mais alguns pontos turisticos da capital paraense como por exemplo o Ver-O-Rio.
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