Levar os estudantes a uma compreensão melhor do processo de
aprendizagem da escrita e proporcionar experiência mais agradável e
produtiva em relação ao ato de escrever é o objetivo do 1º Simpósio
sobre Práticas Discursivas na Amazônia, promovido pelo campus de Cacoal
do Instituto Federal de Educação, Ciência e tecnologia de Rondônia
(IFRO), esta semana.
O evento, que tem como tema o Texto como Prática Social, será
realizado até sábado, 14. O simpósio faz parte do projeto Língua,
Linguagem e Literatura, desenvolvido desde 2013 pelo professor Sérgio
Nunes de Jesus. Criado para atender estudantes do próprio campus, o
projeto foi ampliado em 2014 e passou a abranger outras instituições de
ensino da região interessadas em ajudar alunos com dificuldades no
processo textual.
Com duração de um ano letivo, o projeto desenvolve o processo
interdisciplinar do texto em diferentes situações na educação básica, de
forma a conciliar os conhecimentos e as práticas dos estudantes. “As
principais atividades consistem na leitura de obras literárias como
suporte ideológico, social e, ao mesmo tempo, cultural, na prática da
produção escrita do texto científico, produzido após análises com
apresentações em formato de banners”, explica o professor. Também
ocorrem práticas de leitura e análise do livro-texto Produzir Texto na Educação Básica,
de Celso Ferrarezi Júnior e Robson Santos de Carvalho, quando são
usadas técnicas do ato de redigir e escrever como prática metodológica.
Segundo o professor, inúmeros alunos foram beneficiados nesses três
anos de realização do projeto, não só com aprovação em vestibulares, mas
com o reconhecimento social. Há 21 anos no magistério, Sérgio dá aulas
de língua portuguesa, literatura e produção de textos em turmas dos
cursos técnicos em agropecuária e em agroecologia e de metodologia do
trabalho científico, no curso de licenciatura em matemática. Com
licenciatura em letras (inglês–português), ele tem mestrado em
linguística e doutorado em educação.
Concurso — No campus do instituto em Colorado do Oeste é desenvolvido este ano o projeto Poder da Palavra, com professores das redes municipal, estadual e particular de ensino do município. Criado pelo professor Moisés José Souza, visa a discutir e fomentar iniciativas que respaldem o trabalho com as práticas discursivas. “Em sala de aula, faz-se necessário, sobretudo no trabalho com a língua portuguesa, contemplar as práticas discursivas”, salienta Moisés. “Por meio delas, ao conhecer as nuances e usos, os alunos podem desempenhar significativamente a linguagem no cotidiano, expressando-se com eficácia.”
O projeto é dividido em três partes. A primeira propicia momentos de
estudo para os professores de língua portuguesa, com discussões para
troca de relatos de experiências e estratégias; a segunda fomenta a
produção de textos em sala de aula; a terceira é um concurso de produção
de textos voltado para alunos de escolas públicas e particulares de
educação básica, ensino técnico, tecnológico e superior de todo o
município. “São atendidos cerca de 4.550 estudantes”, ressalta Moisés.
O projeto contempla seis gêneros textuais. Assim, os alunos dos três
primeiros anos do ensino fundamental podem participar no gênero
desenho–ilustração; do 4º e 5º anos, fábula; do 6º e 7º anos, poema; do
8º e 9º anos do ensino fundamental e 1º ano do ensino médio, memórias;
do 2º e 3º anos, artigo de opinião. Os do ensino superior, artigo
científico.
No dia 21 próximo, será realizado o evento de encerramento, com a
premiação dos dez melhores textos em cada categoria e apresentações
culturais das escolas envolvidas.
Há 20 anos no magistério, Moisés tem graduação em letras,
especialização em língua portuguesa e mestrado em educação. Ele leciona
em turmas do ensino médio, técnico, tecnológico e superior.
Fonte: www.mec.gov.br
Saiba mais no Jornal do Professor, e nas páginas dos campi de Cacoal e de Colorado do Oeste do IFRO na internet
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